Segurança em casa


Um cão de guarda que imponha respeito já não é aliado que baste para manter os intrusos longe da sua porta. Saiba mais sobre os actuais equipamentos de segurança, desde portas blindadas, fechaduras, alarmes, janelas… E previna-se.


Texto de Helena Botelho; Fotografias de Getty Images







1 - Férias seguras:

Caixa do correio recheada é sinal de casa
vazia e pode atrair intrusos. Peça a alguém
que lhe recolha o correio.


Antes de partir de férias, respeite algumas regras básicas para evitar surpresas desagradáveis no dia da chegada.

Polícia – Caso seja solicitada, nos meses de Julho, Agosto e Setembro, a PSP assegura, nas suas missões habituais de patrulha, passagens frequentes pelo seu domicílio durante a sua ausência. Para obter este serviço, dirija-se à esquadra da zona da sua residência.

Vizinhos – Conte com a ajuda dos que estão mais próximos. Informe os vizinhos que vai de férias e peça-lhes para abrir regularmente as janelas e persianas e para retirar a correspondência da caixa do correio.

Iluminação – Instale programadores automáticos em alguns candeeiros e rádios de modo a simular uma presença em casa. Existem vários modelos no mercado de fácil e rápida instalação.
Objectos de valor – Guarde num lugar seguro jóias, dinheiro, valores e objectos de arte, de preferência num cofre de banco. Catalogue-os, se possível, e anote os números de série.

2 - Alarmes:

Central microprocessadora com módulo de comunicações SMS/GSM, da Securitas

Dos equipamentos mais simples aos sistemas integrados de segurança existe uma panóplia de produtos e gadjets. Escolha o que mais se adequa à sua casa e ao seu estilo de vida.

Tipo – Antes de decidir qual o equipamento que vai instalar tenha em conta o orçamento. Existem alarmes para funcionar consigo dentro ou fora de casa, com aviso local ou ligado a uma central de segurança e integrados em todo um sistema de domótica.
Centrais – Actualmente, quase todos os alarmes estão ligados a uma central, colocada num local estratégico da casa, que recebe todas as informações dos detectores distribuídos pelas várias divisões. Um simples teclado permite ao proprietário activar e desactivar todas as funções. A central pode ainda estar ligada a pequenos teclados remotos quando existe mais do que uma entrada na casa (garagem, caves, portas de serviço…).
Avisos – Em caso de intrusão, o sistema envia uma mensagem para o seu telemóvel e/ou para uma empresa de segurança. Para isso é necessário instalar na central uma linha telefónica ou um aparelho GSM.


3 - Vídeovigilância:

Big brother is watching you! A videovigilância dissuade potenciais furtos e é uma solução possível no átrio de entrada dos edifícios de apartamentos.

Habitualmente utilizado em instalações comerciais, este sistema de vigilância pode ser facilmente adaptado a casas particulares.

Câmaras e sistemas de gravação – Permitem, em conjugação com detectores de movimento, captar imagens importantes para a identificação futura dos intrusos.

Internet – Este tipo de vigilância remota tem a grande vantagem de poder vigiar a sua casa online. Recorrendo a uma webcam, é possível ver no computador tudo o que se passa no interior da casa, mesmo quando está longe.

4 - Fechaduras:

A resistência da fechadura é tão importante que faz variar o valor do prémio do seguro. Se não puder investir em toda a porta, pelo menos assegure-se de que instala uma fechadura de qualidade.

Mecânicas – Funcionam com uma chave metálica. Uma fechadura de rolos, considerada inviolável pelos fabricantes, permite definir por exemplo o grau de acesso para diferentes chaves (a chave da empregada só abre se a tranca estiver no trinco ou com apenas uma volta).

Electromecânicas – Podem ser accionadas através da digitação de um código ou da presença, passagem ou introdução de um cartão codificado. Existem chaves convencionais com um chip electrónico que conjugam os dois sistemas, mecânico e electromecânico.

Biométricas – Estes sistemas há muito que saíram dos filmes de ficção científica para se tornarem usuais em qualquer casa. Consistem no reconhecimento da impressão digital, íris ou retina do proprietário.

5 - Portas:

Uma porta de elevada qualidade de pouco vale se ao lado tiver uma janela ou um portão de garagem de fácil arrombamento ou até um acesso através do telhado. Não queira dar voz ao ditado “Depois de casa arrombada…”

Exterior – O conjunto de porta e aro tem de apresentar uma estrutura em aço que pode ser forrada nos mais variados tipos de acabamentos (madeira, PVC, alumínio, vidro…). Estas portas são vulgarmente denominadas blindadas e vêm equipadas com sofisticados sistemas de trancas e fechaduras.

Características – Existem no mercado portas com as mais variadas características: antivândalo, resistentes ao fogo, isolamento acústico, isolamento térmico e à prova de bala. Para todas estas características estão definidas escalas e classes internacionalmente reconhecidas.

Vidro – Se optar por ter uma porta com uma janela de vidro, saiba que esta não é necessariamente menos segura. As chapas de vidro podem ser duplas de alta segurança.

Porta envidraçada blindada Forstyl certificada, com blindagem central incorporada, da Point Fort Fichet, na Porseg.

6 - Janelas:

Quando são de fácil acesso há que evitar a intrusão, dotando-as da melhor segurança.

Grades – Visualmente e psicologicamente pouco apelativas, pode sempre optar por sistemas automáticos de oclusão. Com um comando remoto acciona facilmente o fecho das grades.

Estores – Aliam segurança ao conforto e evitam a cobiça dos amigos do alheio. O material mais usado é o PVC, embora existam modelos em alumínio e em aço.

Vidros – Os mais seguros para as janelas exteriores de fácil acesso são os laminados (antivândalo). Consistem numa “sanduíche” de dois vidros com uma folha de acetato no interior. O resultado é vantajoso: não estilhaça ao partir, tornando-o muito resistente.

Fechaduras – Coloque fechaduras interiores nas janelas de fácil acesso. Uma barreira física que pode ser crucial na hora de evitar assaltos.

7 - Empresas:

Um serviço permanente de segurança pode não ser um luxo. Tudo depende do valor dos bens que quer proteger.

Assistência 24 horas – As grandes empresas deste sector têm centrais de controlo a funcionar todo o dia. Qualquer anomalia é detectada de imediato, sendo automaticamente verificada a situação e dando o alerta às autoridades.

Simulação de presença – A partir da central é possível simular a presença de pessoas em casa. Um excelente dissuasor de intrusos.

Preços – Variam conforme as empresas, mas é possível contratar uma equipa de segurança para vigiar a casa diariamente a partir de 25 euros por mês. O custo da instalação do sistema de alarme varia obviamente com o tipo de equipamento que escolher.

Segurança na net:
http://www.psp.pt/
http://www.telware.pt/
http://www.securitasdirect.pt/
http://www.isp.pt/
http://www.fidelidademundial.pt/
http://www.axa.pt/
http://www.hettlock.com/
http://www.porama.pt/
http://www.porseg.com/
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http://www.caixiave.pt/
http://www.vicaima.com/
http://www.rpi.pt/
http://www.cubritek.com/
http://www.finstral.com/

8 - Prevenção:

Paralelamente aos sistemas anti-intrusão, deve instalar em casa uma série de dispositivos que asseguram ainda o seu conforto.

Sensores – Captam e registam valores e informações do local, como por exemplo a presença de pessoas, falta de energia, fugas de água ou gás, incêndio, etc..

Actuadores – Realizam o controlo de elementos, como por exemplo as electroválvulas, que possibilitam o corte de água e gás em caso de fuga; gerem os motores de estores, portas e sistema de rega; variam a iluminação, o aquecimento, a ventilação ou o ar acondicionado conforme as indicações dadas previamente.

Interfaces – Transmitem informação para o utilizador, quer dentro da própria casa como para o exterior – através de telefone, telemóvel, Internet. As informações podem ser visualizadas num painel principal, assim como no aparelho televisivo, no computador, no telemóvel ou no PDA.


Central de comunicação, detectores de fumo e presença e sirene de alarme, da Securitas.

9 - Piscinas:

A segurança nas piscinas passa essencialmente pela prevenção de acidentes. Infelizmente, numa casa este é um dos locais de maior risco.

Coberturas – Ao contrário do que se possa pensar, as coberturas não servem apenas para proteger a água de impurezas. Uma piscina bem vedada impede a queda de crianças e pessoas que não saibam nadar.

Pavimento – Qualquer que seja o material escolhido (madeira, pedra, cerâmica…), o chão junto da piscina tem de ser obrigatoriamente antiderrapante.

Vedação – Proteja a área que envolve a piscina com muros, grades, sebes ou cancelas. Além de evitar a entrada de intrusos, garante que as crianças não se aproximam da água sem estarem a ser vigiadas.

10 - Seguros:

É aconselhável ter um seguro de recheio para, em caso de assalto, ter a certeza de que irá recuperar grande parte dos equipamentos e confortos a que está habituado. Pode ainda fazer um seguro temporário que cubra apenas o seu período de férias. Mas desde já prevenimos que este tipo de apólices é muito caro.

11 - Jardim:

O exterior da casa é o primeiro local onde deve instalar alguns sistemas dissuasores. Por vezes, com alguma imaginação e engenho consegue-se retardar ou evitar a acção dos assaltantes.

Rega automática – Não serve apenas para manter o jardim em perfeitas condições. Se ao sistema tradicional adicionar detectores de movimento, a rega funciona sempre que alguém se aproximar dos sensores, criando a ilusão da presença de pessoas em casa.

Plantas – Sebes altas e plantas espinhosas não afastam os ladrões profissionais, mas dificultam a movimentação dos menos experientes. Uma barreira de rosas espinhosas pode ser tão ou mais assustadora do que um alarme.

Cão – A velha tabuleta “cuidado com o cão” dá sempre que pensar. Pelos menos obriga os intrusos a encontrar uma forma de ultrapassar mais este obstáculo.

Fonte: http://www.maximainteriores.xl.pt/

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