11 de Setembro - O Mundo cinco anos depois


11 de Setembro de 2001. Às primeiras horas da manhã em Nova Iorque, dois aviões comerciais despenharam-se contra o World Trade Center. As duas torres, emblemáticas da baixa de Manhattan, acabaram por se desmoronar, e cerca de três mil pessoas morreram. Um outro avião caiu entretanto no Pentágono, em Washington. Cinco anos depois do maior ataque terrorista de sempre, o seu principal autor, Bin Laden, continua à solta, apesar da grande ofensiva aberta pelos Estados Unidos contra um inimigo invisível. O Mundo mudou, a ameaça continua presente.
Al-Qaeda atingida, mas adapta-se
Cinco anos depois, Bin Laden continua por capturar. Pelos atentados de 11 de Setembro, apenas uma pessoa foi julgada nos Estados Unidos: Zacarias Moussaoui, um franco-marroquino de 37 anos, condenado a 3 de Maio deste ano a prisão perpétua. Moussaoui declarou-se culpado de conspiração terrorista e jurou fidelidade a Bin Laden.
A Al-Qaeda foi duramente atingida, mas nem por isso a ameaça de terrorismo nos Estados Unidos e em todo o globo foi afastada. Prova disso são os atentados em Madrid, a 11 de Março de 2003, e de Londres, a 7 de Julho de 2005. E já este ano, a capital do Reino Unido voltou a estar em alerta máximo, depois das autoridades conseguirem evitar um ataque em larga escala, cuja estratégia passava por fazer explodir 20 aviões em cidades britânicas e norte-americanas, com explosivos transportados em bagagem de mão.
Cinco anos depois, o inimigo invisível adaptou-se e está hoje mais disperso, organizando-se em pequenas células que agem em nome de uma ideologia extremista e que não dependem de um comando centralizado.
Mais segurança, menos liberdade
Por outro lado, nos meses e anos que se seguiram ao 11 de Setembro, os Estados Unidos e dezenas de outros países quiseram também prevenir futuros ataques aprovando legislações e regras mais duras, alargando competências das forças de segurança em matéria de investigação e detenção de suspeitos de terrorismo, endurecendo as leis de imigração, apertando medidas de controlo em aeroportos, portos e fronteiras.
Tornou-se então evidente o difícil equilíbrio entre segurança e direitos que marca o Mundo pós-11 de Setembro e, à margem das novas restrições aceites pela maioria como "um mal necessário", desenvolveram-se acções que fizeram ressurgir a discussão sobre se os fins justificam todos os meios.
Cinco anos depois, "há mais terrorismo, há mais morte, há mais guerra (…) e, sobretudo, há violações constitucionais", disse há dias o realizador de cinema Oliver Stone, autor de uma das primeiras longas-metragens sobre os atentados, o recém-estreado "World Trade Center". "Alguém me perguntou se [o filme] tinha sido feito cedo demais. Penso que foi feito tarde demais: Temos de acordar e de acordar depressa".
Com Lusa
Fonte: www.sic.pt
NOTA:
O Presidente norte-americano George W. Bush deverá hoje fazer uma comunicação à Nação, por ocasião do quinto aniversário dos atentados, às 21:00 locais (2:00 de terça-feira em Lisboa), para evocar "o significado do 11 de Setembro" para os Estados Unidos, como referiu um porta-voz da Casa Barnca.
Antes disso, Bush visitará os locais dos ataques.
Agência LUSA

Fonte: www.rtp.pt

Três edifícios e memorial às vítimas
Nova Iorque: Revelado projecto que vai substituir o World Trade Center
Nova Iorque - Os arquitectos britânicos Norman Foster e Richard Rogers e o japonês Fumihiko Maki serão os autores das três torres que vão nascer no lugar do antigo World Trade Center, em Nova Iorque, destruído nos ataques do 11 de Setembro.
O projecto foi divulgado esta quinta-feira, numa sessão realizada no chamado «ground zero», apresentada pelos três arquitectos e pelo governador da cidade norte-americana, George E. Pataki.
No local serão então construídos três edifícios, que deverão formar uma espiral em direcção a um memorial às vítimas. Nas torres ficarão instalados escritórios.
A obra está orçamentada em 11 mil milhões de dólares e deverá estar terminada em 2012, lê-se no «site» http://www.wtc.com/index.aspx.

Para mais informações sobre o assunto e o novo projecto: http://www.wtc.com/

Comentários

  1. Cláudia

    Acho que só daqui há alguns anos que vamos ver as dimensões do que foi esse incidente e de como o declínio Estadunidense começou ali.

    Um abraço

    Marco Aurélio

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