Biquini está de Parabéns

Hoje a famosa e reduzida peça de vestuário, típica dos tempos de calor, faz hoje 60 anos.
Ao longo dos anos, este conjunto de duas peças, foi sendo alterado de tamanho, formato, materiais, cores e padrões.
Criado em 1946, imagine-se, por um engenheiro mecânico francês, o biquini era considerado tão chocante que nenhuma manequim quis posar com ele vestido, até que o seu criador, Louis Reard, conseguiu convencer uma bailarina exótica de um Casino de Paris (entenda-se: uma stripper) a apresentar o biquini ao mundo, peça de vestuário que revolucionou o mundo da moda.
(Primeiro modelo de biquini usado pela bailarina Micheline Bernardini)
O nome foi inspirado na ilha do Pacífico Atol de Bikini, onde os norte-americanos testaram uma bomba atómica. Ainda hoje na França é conhecido pelo "atol". E o efeito que causou foi bombástico. O Vaticano considerou-o imoral e o concurso de Miss Mundo proibiu-o na altura, por considerar que dava uma vantagem injusta a quem o usasse. Ainda hoje é proibido em alguns países, como no Portugal da ditadura ou os países do Médio Oriente...
Quando as divas da sétima arte, como Marlyn Monroe e Brigitte Bardot, se atreveram a usá-lo, o biquini começou a ter alguma aceitação pública. 60 anos depois de ser criado, é usado por milhões de mulheres de todo o mundo.

História do Biquini:

Até ao início do século XX nunca ninguém ligou muito à praia. Quando os banhos começaram a ser importantes (eram bons para a saúde) e as pessoas foram mais para a praia, todos se preocupavam com o que se levava vestido mas com uma grande diferença dos dias de hoje: tinha que se tapar o corpo o mais possível!

O tempo foi passando e os fatos de banho foram-se tornando mais práticos e mais pequenos. No entanto, ainda ninguém conhecia um dos inventos mais bombásticos de sempre: o biquini.

Estava-se a 30 de Junho de 1946, já depois de acabar a Segunda Guerra Mundial (1939-45), quando explodiu uma bomba atómica no atol da Ilha de Bikini (no Oceano Pacífico). O Mundo inteiro ficou chocado com estes testes nucleares norte-americanos.

Cinco dias depois, o mundo voltava a abrir a boca em sinal de exclamação quando, nas passerelles de Paris, apareceu o primeiro sinal de que a moda de praia se estava a tornar ousada: o biquini!
Inventado pelo engenheiro mecânico francês Louis Réard, o biquíni foi baptizado com esse nome na tentativa de ter o mesmo efeito que a bomba atómica teve no atol do mesmo nome: rebentar com as ideias conservadoras da sociedade! E resultou na perfeição...
E as opiniões dividiram-se: se uns achavam que o modelo de duas peças não passava de "um ultraje!", uma "afronta aos bons costumes!", outros pensavam que a mudança já chegava tarde e não demoraram muito a aderir ao novo movimento (da mostra) do umbigo.

É claro que os biquinis da altura não eram propriamente iguais aos que se vêem hoje nas novelas brasileiras ou nas nossas praias, por exemplo (pequenas peças que não se esforçam por tapar muito).

Eram bem mais discretos, mas caíram que nem uma bomba! O fato de banho completo que se utilizava na época (pouco decotado, de alças e até às coxas) ficou com os seus dias contados! Contudo, o criador francês, teve que proceder a umas pequenas alteraçãoes, de modo a ser mais bem aceite. Subiu a calça, de modo a tapar o umbigo e pôs-lhe uns folhos, para deturpar as formas femininas e não chocar tanto...

O primeiro modelo de biquini a aparecer até nem era muito diferente do que se usa nos nossos dias. Por isso é que foi tal mal aceite.

Feito de algodão estampado com o que pareciam ser recortes de jornais, cabia dentro de uma caixa de 10 centímetros de lado.

Para mostrar como o invento era pequeno, Louis Réard dizia que o biquini só seria explosivo se se conseguisse passá-lo por uma aliança de casamento!

Fontes: http://www.portugaldiario.iol.pt, http://www.junior.te.pt

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